Video 8 – Mareile Flitsch

Between Ethnographic Melancholia and Gastrosophic Finesse: Rereading «Tristes Tropiques» as Social Anthropologist in 21st Century

Neste fragmento do nosso encontro Tristes Tropique: Leituras de Lévi-Strauss Mareile Flitsch, professora de etnologia na Universidade de Zurique e diretora do Museu Etnográfico, também em Zurique, da-nos uma pequena visão de suas leituras do texto desde o ponto de vista de uma etnóloga do século XXI. A seguir, compartimos uma citação retirada de Tristes Trópicos que a Mareile irá ler em inglês.

„Não há perspectiva mais exaltante para o etnógrafo que a de ser o primeiro branco a penetrar numa comunidade indígena. Já em 1938 essa recompensa suprema não se podia obter senão em algumas regiões do mundo, tão raras que se podiam contar nos dedos da mão. Desde então, essas possibilidades limitaram-se ainda mais. Eu revivia, pois, a experiência dos antigos viajantes, e, através dela, esse momento crucial do pensamento moderno em que, graças às grandes descobertas, uma humanidade que se julgava completa e acabada recebia de repente, como uma contra-revelação, a notícia de que não estava só, era uma peça de um conjunto mais vasto, e que, para se conhecer, devia primeiro contemplar a sua imagem irreconhecível nesse espelho de que uma parcela esquecida pelos séculos ia, para mim sozinho, lançar seu primeiro e último reflexo.“

Lévi-Strauss (1957), p.346.

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